17 de maio de 2009

As últimas palavras de James French

James French era um assassino já condenado à pena de prisão perpétua, numa prisão de Ohio em 1966, quando se começou a aperceber que “perpétua” era bastante tempo… Não estava com muita vontade de ficar tanto tempo na prisão, por isso resolveu tentar sair de lá mais cedo da única maneira possível – dentro de um caixão. Ele tinha medo de se suicidar, portanto achou que a decisão mais lógica era matar o seu companheiro de cela para convencer o estado a executá-lo.

Enfim, tudo bem que um gajo queira ter um bocado de controlo sobre o destino, mas era preciso seres tão malvado para o teu companheiro de cela, James? Não havia outras formas mais legítimas de arranjar uma execução-zinha? Em 1966 bastava dizer ao guarda prisional: “Sabes o que é que eu gosto? Da integração de negros na nossa sociedade! E também adoro homossexualidade – muita homossexualidade, especialmente com negros!”, e o seu destino ficaria bem selado.

Seja como for, estas foram as últimas palavras de James French enquanto estava a ser amarrado à cadeira eléctrica:


Os trocadilhos costumam ser engraçados, mas este sujeito merecia ser absolvido da sua pena só por ter proferido tal genialidade.

Tenho de começar a pensar no que hei-de dizer quando for para a cadeira eléctrica...

14 de maio de 2009

"L'esprit d'escalier"

É uma expressão muito útil usada pelos franceses, cuja tradução literal é “O Fantasma das Escadas”. O seu significado aplica-se a situações em que uma pessoa está numa discussão e não se consegue lembrar de uma resposta apropriada para um argumento ou comentário do interlocutor. Só mais tarde (depois de descer as escadas – daí a origem da expressão) é que a pessoa se lembra de uma resposta que teria sido perfeita e deixaria o oponente sem qualquer reacção. 

“O espírito da escada” é a frase que teria decidido a discussão se não fosse pelo facto de já ter sido tarde demais.

Uma resposta verdadeiramente boa pode inverter o rumo da discussão instantaneamente, elevando-nos ao estatuto de campeão e reduzindo o oponente a um néscio balbuciante.

Infelizmente, é raro conseguir tal feito, pois é fruto de uma ténue e divina coincidência de todas as forças có(s)micas do universo a actuarem no momento perfeito. Muitos de nós estaremos as nossas vidas inteiras sem nunca conseguir um contra-argumento épico, condenados a fazer daquelas estranhas pausas para de seguida gaguejar pateticamente um insulto barato, como “enfia mas é o [substantivo que o opositor tenha usado no seu argumento] no rabo!” ou mesmo o clássico “cala-te! tu és feio/a”, para o resto das nossas vidinhas miseráveis. 


Resta então inspirarmo-nos nos heróis que tiveram a dádiva de conseguir daquelas respostas perfeitas no momento certo, contemplando os seus fantásticos contra-argumentos:

Winston Churchill vs. Lady Astor

Toda a gente sabe quem foi o Churchill, o Primeiro-ministro da Inglaterra que ganhou a 2ª Guerra Mundial permanecendo sentado na sua poltrona a fumar charutos e a beber que nem um antílope. Durante o Parlamento, tinha muitas discussões com a Lady Astor – a primeira mulher a fazer parte do Parlamento, que o atacava por beber demasiado e de ocasionalmente ser sexista. 
Estas foram algumas das suas mais famosas batalhas verbais:

Churchill: “What disguise would you recommend I wear to your costume ball?”

Astor: “Why don’t you come sober, Prime Minister?”


Astor: “If you were my husband, I’d poison your tea.”

Churchill: “Madam, if you were my wife, I’d drink it.”


Mas a batalha mais fabulosa entre Churchill e Lady Astor foi provavelmente a seguinte, duplamente brilhante pelo facto de o Primeiro-ministro estar notoriamente alcoolizado naquele momento:

A Provocação: 

Astor: “Mr. Churchill, you are drunk!”

A Resposta:

Churchill: “Yes, and you, Madam, are ugly but tomorrow I shall be sober and you will still be ugly.”

De seguida a terra tremeu, o chão abriu-se, e das profundezas emergiu o próprio Satanás, que para congratular o Primeiro-ministro ofereceu-lhe um cálice com o sangue de Hércules.

Vá, esta última parte foi um bocado exagerada, mas teria sido o culminar perfeito para aquele momento…


E agora apresento-vos uma forma original de responder “Tu é que és!” quando alguém te diz que és feio/a:

Buddha vs. Um Palerma Qualquer

A Provocação:

Palerma: “Buddha, és uma estátua gorda e feia! Espero que um dia comas um borrego mal passado e morras de indigestão.”
Buddha: “Se um homem oferecesse um presente a outro e este o recusasse, a quem pertenceria o presente?”
Palerma: (gaguejando que nem um borrego mal passado) “Ao homem que o tivesse oferecido… mas… não estou mesmo a ver onde é que tu queres chegar…”

A Resposta:

Buddha: “Então eu recuso aceitar a tua ofensa, e solicito que fiques com ela para ti próprio.”

E o palerma reencarnou repentinamente na mais deprimente forma de vida: um autor de um blogue.

25 de março de 2009

Conhecimentos geográficos dos Americanos


Vamos ignorar os diversos erros de escrita e focarmo-nos no equívoco geográfico...

Tu: "Eu acho que quem fez a pergunta estava a gozar."

Eu: "Durante o conflito na Geórgia, houve diversos casos de Americanos que entraram em pânico e alguns tentaram mesmo fugir do estado Americano da Georgia porque viram nas notícias que a Geórgia estava a ser invadida pela Rússia e pensaram que Geórgia - País, e Georgia - Estado Americano, eram o mesmo."

Tu: "Meu Deus! Como é que é possível!"

Eu: "Os americanos são mesmo muito fracos em Geografia... Segundo apurei, cerca de 70% dos Americanos pensam que a Europa é um país."

Tu: "Ah, Ok. Está explicado..."